Arte e Cultura: Portugal ao leme de Joana Vasconcelos

Se a Joana Vasconcelos já tinham sido reconhecidas qualidades artísticas únicas, é chegado o ano de fazê-las ver por outros olhos que não os dos portugueses.

Exemplo de empreendedorismo e perseverança na defesa da sua arte, Joana ensinou-nos que a quebra de cânones artísticas pode e deve ser tendência. O resultado magistral advém da lealdade aos nosso ideais, e disso é feita a assinatura Vasconcelos, com obras de dimensões capazes de nos tirar o fôlego.

Hoje é inaugurada, nos jardins de Waddesdon Manor, a grandiosa casa da família Rothschild em Buckinghamshire, uma nova obra da série ‘Castiçais’, encomendada pela Fundação Rothschild.

Lafite, assim se chama a obra, é constituída por uma estrutura de ferro com sete metros de altura que suporta 256 garrafas “magnum” [1,5 litros] de vinho Château Lafite Rothschild, produzido em Bordéus, num dos vinhedos da família, que fez fortuna na banca.

As duas torres fazem parte da série “Castiçais” que Joana Vasconcelos iniciou em 2006 e que fazem referência à obra de Marchel Duchamp “Porte-Bouteilles”.

As esculturas têm autorização para ficar no local durante cinco anos e vão juntar-se a outras de artistas contemporâneos como Stephen Cox, Xavier Veilhan, Michael Craig-Martin, Richard Long, Angus Fairhurst e Sarah Lucas.

Apenas uma das várias paragens internacionais das obras de Vasconcelos que vale a pena lembrar e louvar.