Falar de recomeços. Falar de emoções.

E chegamos a um novo Ano. Que correu de forma veloz, com pressa de chegar. Virgílio Ferreira contemplava o tempo de uma nova maneira, “O tempo que passa não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou.” E desta forma, desejamos que tudo se encaixe na perfeição. Com a certeza dos nossos desejos se confundirem com as nossas atitudes e resultados.

Queremos que neste início de ano, se apresente clara a natureza do nosso projecto de Vida. Considerando que todos pretendemos resoluções que aliam a ambição de sonhar, com muita dedicação a essa construção.

Gosto muito da ideia de celebrarmos as nossas escolhas individuais. E de sobretudo, fecharmos o ciclo do ano que terminou, com a certeza de que fizemos o que pretendíamos e de que os momentos ficaram docemente marcados na nossa pele. E começamos este novo ano com certezas bem definidas.

E se olharmos para os paradigmas que o final de ano apresentou, acabamos por continuar a acreditar na destreza e no desassossego da própria Vida, um pouco por todo o lado. As ruas de Xangai infestadas pelo tormento de esmagamentos, com vidas perdidas e mágoas profundas. Um vôo perdido na Ásia, sem respostas e segredos escondidos nos céus, os milhares de rostos e vozes de alegria numa Copacabana a celebrar a brancura, a altas temperaturas. Os mergulhos em Sesimbra debaixo de água, para um brinde molhado de sorrisos. Crianças que dão o primeiro choro na primeira noite do Ano. E as nossas Vidas. Sempre cheias de novos propósitos. Que são a construção do que mais desejamos. E do que queremos sentir ao longo do Ano.

Não deixei de pensar nos objectivos deste novo ano, mas uni sobretudo essa racionalidade às grandes emoções. A tudo aquilo que realmente faz sentido. Porque se é tempo de nos transformarmos e todos sentimos isso, também é agora que surge a urgência do seu envolvimento. Para que este seja realmente aqueles trezentos e sessenta e cinco dias.

Bom Ano para todos!